Por Luciane Bisognin Ceretta
Reitora da Unesc e Presidente da Acafe
De uma coisa eu não tenho dúvidas: estamos vivenciando uma era de transformação (ou revolução?) digital sem precedentes. Caminhando de mãos dadas com a transformação digital, a inteligência artificial (IA), em particular, está remodelando a forma como fazemos negócios ou como solucionamos problemas. Dias atrás, inclusive, assisti a um vídeo em uma rede social em que uma profissional do ramo digital estava ensinando a resumir um livro de 500 páginas em apenas 15 páginas por meio de IA.
Desde a automação de processos até a análise de dados em larga escala, a IA está impulsionando a eficiência e a inovação na indústria, no comércio, na educação, na saúde e em diversas outras áreas. E, para falar sobre profissões do futuro, é necessário entender que o profissional precisa acompanhar as transformações não só da tecnologia, mas também as transformações sociais.
Com os avanços tecnológicos e sociais, surgem novas carreiras que anos atrás seriam impensáveis para a maioria das pessoas. Posso citar algumas áreas de atuação emergentes: a própria IA, cibersegurança, proteção de dados, blockchain, compliance e ESG (environmental, social and governance – ou, em português, governança ambiental, social e corporativa). Conforme nos movemos para uma economia mais sustentável, profissões relacionadas à energia renovável e sustentabilidade ambiental também ganham destaque.
Na nossa sociedade atual, em que as mudanças ocorrem em um ritmo acelerado, a capacidade de se adaptar e aprender continuamente se torna uma habilidade indispensável a cada um de nós. Os profissionais do futuro precisam estar dispostos a adquirir novos conhecimentos e habilidades, seja por meio de cursos de atualização, treinamentos corporativos ou experiências práticas. Aqui eu dou o exemplo da importância do lifelong learning, que é a prática de seguir aprendendo e se aperfeiçoando ao longo da vida.
As mudanças no mercado de trabalho trazem desafios, mas também são oportunidades significativas. Aquelas pessoas que estiverem dispostas à mudança e a se reinventar têm grandes chances de terem uma vantagem competitiva no mercado. Além disso, organizações que investem no desenvolvimento de talentos e na adoção de tecnologias emergentes, bem como na implementação de práticas de ESG e compliance, estarão bem posicionadas para prosperar no futuro. É preciso estarmos atentos e prepararmos nossas organizações às tendências.